A acne é uma doença dermatológica extremamente comum e ocorre devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas. Os hormônios sexuais masculinos são os responsáveis pelo funcionamento inicial dessas glândulas e, por isso, eles têm grande responsabilidade nas mudanças relacionadas ao conteúdo de gordura secretado por elas.
A condição pode ser classificada conforme a gravidade dos seus sintomas:
Grau I: apenas cravos;
Grau II: cravos e espinhas pequenas, com pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas);
Grau III: cravos, espinhas pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas e inflamadas (cistos);
Grau IV: cravos, espinhas pequenas e grandes lesões císticas, múltiplos abscessos interconectados e cicatrizes irregulares, resultando em deformidade da área afetada.
Apesar de ser mais frequente na adolescência, a acne pode atingir as pessoas em diversos momentos da vida, inclusive na infância – apesar de ser raro. A acne que ocorre em mulheres após os 25 anos de idade é chamada de acne da mulher adulta e também tem se tornado mais frequente nos últimos tempos.
Há várias causas por trás do quadro, sendo que as principais são: tendência genética, alterações hormonais, altos níveis de estresse, exposição exagerada ao sol, dieta rica em açúcar e a ação de uma bactéria chamada Cutibacterium acnes.
Antes de tudo, é importante frisar que o tratamento deve ser feito com acompanhamento de um dermatologista para evitar o agravamento da acne e a formação de cicatrizes.
A abordagem clínica irá depender do grau da doença e de suas causas diretas, mas entre elas podemos listar:
Dermocosméticos indicados pelo dermatologista para os casos mais simples;
Medicamentos tópicos;
Antibióticos orais ou de uso local;
Isotretinoína oral (conhecida pelo nome comercial Roacutan®);
Terapia hormonal (como anticoncepcionais, ou espironolactona, por exemplo);
Infiltração com corticoides em lesões nodulares muito inflamadas;
Terapias que utilizam luz, como laser e a luz intensa pulsada.
Caracterizado pelo surgimento de manchas amarronzadas e irregulares, o melasma é uma hiperpigmentação da pele resultante da hiperatividade dos melanócitos, células produtoras de melanina. Ainda não há uma causa definida por trás desta doença dermatológica, mas já sabemos que determinados fatores desencadeiam seus sintomas, como genética, exposição solar sem proteção, calor intenso de qualquer natureza, alterações hormonais e luz visível.
O melasma é um quadro crônico, ou seja, ainda sem cura definitiva, e com recidivas frequentes. No entanto, com disciplina é possível estabilizar e clarear as manchas, além de impedir o surgimento de novas lesões.
Entre os tratamentos mais indicados, estão os peelings, o microagulhamento por meio da técnica drug delivery (com ativos clareadores), MMP (microinfusão de medicamentos pela pele) e os lasers com efeito fotoacústico, que não produzem calor na pele. Lembrando que o ponto de partida para controle da condição é o uso diário de protetor solar com cor e FPS alto, acima de 50.
Realizamos o exame detalhado com tricoscopia dos cabelos e couro cabeludo, para correto diagnóstico das mais diversas condições que acometem os cabelos: alopecia androgenética, alopecia areata, eflúvio telógeno, doenças cicatriciais do couro cabeludo, etc.
O tratamento é realizado de acordo com o diagnóstico.
- HIPERIDROSE (EXCESSO DE SUDORESE)
A hiperidrose é uma condição que atrapalha muito a qualidade de vida de quem possui e pode se apresentar de forma disseminada ou localizada em regiões como axilas, mãos ou pés.
Entre as possibilidades de tratamento estão medicações orais e tópicas, ou procedimentos em consultório, como a aplicação de toxina botulínica na região afetada.
- MELANOSES SOLARES (MANCHAS SENIS)
As melanoses solares são manchas causadas pelo dano solar acumulado na pele ao longo dos anos.
Podem ser tratadas com clareadores, mas tem melhor resposta com procedimentos como crioterapia e luz intensa pulsada.
- CÂNCER DE PELE E LESÕES PRÉ-CANCERÍGENAS
- O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém seus números são muito altos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.
- Tipos de câncer da pele:
- Carcinoma basocelular (CBC): o mais prevalente dentre todos os tipos. O CBC surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Os CBCs surgem mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Podem se desenvolver também nas áreas não expostas, ainda que mais raramente. Em alguns casos, além da exposição ao sol, há outros fatores que desencadeiam seu surgimento. Certas manifestações do CBC podem se assemelhar a lesões não cancerígenas, como eczema ou psoríase. Somente um médico especializado pode diagnosticar e prescrever a opção de tratamento mais indicada. O tipo mais encontrado é o CBC nódulo-ulcerativo, que se traduz como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.
- Carcinoma espinocelular (CEC): segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. A pele nessas regiões, normalmente, apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade. O CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Assim como outros tipos de câncer da pele, a exposição excessiva ao sol é a principal causa do CEC, mas não a única. Alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação. Normalmente, os CECs têm coloração avermelhada e se apresentam na forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Eles podem ter aparência similar à das verrugas. Somente um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto.
- Melanoma: tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença. O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, a “pinta” ou o “sinal”, em geral, mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita. Essas lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente, embora sejam mais comuns nas pernas, em mulheres; nos troncos, nos homens; e pescoço e rosto em ambos os sexos. Além disso, vale lembrar que uma lesão considerada “normal” para um leigo, pode ser suspeita para um médico.
- Pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando se expõem ao sol, com fototipos I e II, têm mais risco de desenvolver a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros ou de fototipos mais altos, ainda que mais raramente. O melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. Normalmente, surge nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar. Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminui as possibilidades de cura. Por isso, o diagnóstico precoce do melanoma é fundamental. Embora apresente pior prognóstico, avanços na medicina e o recente entendimento das mutações genéticas, que levam ao desenvolvimento dos melanomas, possibilitaram que pessoas com melanoma avançado hoje tenham aumento na sobrevida e na qualidade de vida.
- A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.
Micose nas unhas, síndrome das unhas frágeis, unhas encravadas, entre outras afecções das unhas.